Transmissão de doenças

Transmissão Doenças

A grande maioria dos agentes patogénicos que circulam no ar, desenvolveram capacidades únicas para proliferar no interior dos edifícios. As condições como a temperatura, a humidade, a protecção da incidência directa da luz solar e de oxidantes, que o Homem controla para o seu próprio conforto, servem também para proteger os agentes patogénicos, durante o seu período mais vulnerável, isto é, quando se transmitem de uma pessoa para outra.

A maioria dos agentes patogénicos morre rapidamente no exterior, mas, algumas espécies, dependem inteiramente do Homem e dos ambientes em interior por ele criados para se propagarem.

Os escritórios são um dos principais locais de origem de uma constipação, com 30% de incidência. Neste estudo não foram estudadas as escolas, mas as mesmas são reconhecidas como sendo ainda mais importantes do que os próprios escritórios, principalmente devido às condições de Higiene. (Ver por exemplo os resultados do estudo realizado recentemente pelo Hygiene Council em 11 estados europeus). A percentagem elevada de fontes de origem desconhecida - 51%, resulta de um número ainda limitado de estudos nesta área, mais do que a sua importância faria supor.

A evidência de que é o interior das instalações a principal causa de transmissão de infecções do foro respiratório é extraordinária (ver referências). Os factores que determinam a capacidade de transmissão de doenças de um edifício são os seguintes:

  • O nível de controlo da temperatura e da humidade
  • A quantidade de circulação de ar do exterior
  • A eficiência dos filtros
  • Os níveis de limpeza das instalações
  • O número e o tipo de superfícies no edifício
  • As condições de Higiene e os níveis de Higiene dos ocupantes

Desde que a quantidade mínima requerida de ar do exterior (conforme indicações ASHRAE), seja distribuída com um elevado grau de eficácia e eficiente filtração do ar em recirculação, os riscos de transmissão de doenças serão minimizados, mas não está garantido que um edifício fique livre de doenças. Fundamentado em testes laboratoriais, bactérias e vírus podem ser filtrados do ar se filtros adequados e específicos (filtros HEPA por exemplo) estiverem convenientemente instalados e forem adequadamente mantidos. Contudo, as instalações nunca são tão perfeitas quanto isso. Do mesmo modo, a irradiação germicida por raios ultravioleta, funciona perfeitamente em testes de laboratório, não sendo tão eficaz em situações reais.

O risco de uma pessoa normal num escritório comum foi medido em Penn State utilizando o programa CONTAM (fornecido por NIST). Neste modelo informático, um paciente infectado por TB (tuberculose) foi colocado no primeiro piso de um edifício com 10 andares. Um sistema de ventilação tipico, forneceu 20% de ar do exterior aos ocupantes, em linha com os standards da ASHRAE, regras 62-89. Não foram utilizados nenhuns filtros HEPA nem qualquer outro sistema para reduzir a concentração de agentes patogénicos. Os resultados demonstraram que após 8 horas, uma pessoa no 10º andar, teria acumulado um risco de exposição suficiente para contrair tuberculose num nível de probabilidade de 33%.

Está realmente fundamentado que a possibilidade de contrair doenças nos escritórios é real.

ASHRAE - The American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers.
HEPA - Filtros HEPA podem remover mais de 99% de partículas no ar circulante até 0,3 micrometros; é usado ao serviço de indústrias tecnologicamente desenvolvidas, como a Indústria aero-espacial, farmacêutica, nuclear, electrónica etc. Muitos aspiradores por exemplo, também usam filtros HEPA, especialmente importante em termos de protecção para os doentes asmáticos ou com outro tipo de alergias, uma vez que são capazes de reter partículas minúsculas como as do pólen por exemplo.
CONTAM - É um programa de computador para análise multizona da qualidade do ar e da ventilação no interior das instalações.
NIST - National Institute of Standards and Technology.

Referências
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